Qual é o meu papel nessa história?

Por Roberta Maia*


Durante a cobertura do evento ICCyber 2011, em Florianópolis, como assessora de imprensa da TechBiz Forense Digital,  escutei em mais de uma palestra a constatação ou o apelo de que o combate aos crimes digitais deve mobilizar toda a sociedade, e não só as empresas, governos e forças da lei. Só para exemplificar, seguem dois depoimentos coletados durante o evento:

¨A sociedade inteira está envolvida nisso e é preciso montar um sistema de defesa em que todos estejam envolvidos e se comunicando. É uma tarefa complexa¨, Giovani Thibau, diretor da TechBiz Forense Digital.

"O governo não pode lidar com isso sozinho. É preciso um plano de choque imediato e a única força é unir poder público, privado e sociedade civil”, Oscar Eduardo Ruiz Bermudez, diretor da empresa colombiana Internet Solution.

Essa necessidade de engajamento da sociedade como um todo também está presente no relatório da InSa (National Security Alliance’s Cyber Council), organização norte-americana de inteligência e segurança que diz:

“Entidades sociais estão intrinsicamente relacionadas quando se trata da arena cibernética e por isso precisam adotar soluções coletivas para que elas possam ser efetivas”. E o documento questiona: “A comunidade está suficientemente informada sobre as ameaças cibernéticas em larga escala?” 

Como usuária de computador e derivados (tablets e smartphones) fico me perguntando como posso contribuir de fato para minimizar os impactos de crimes e ataques virtuais, além dos tradicionais cuidados para evitar ser vítima de vírus, phising etc. E jogo essa pergunta para os que me leem. Como?

 * Roberta Maia é assessora de comunicação do Grupo TechBiz. Formada em jornalismo pela PUC Minas, já trabalhou nos cadernos de tecnologia, veículos e cultura do jornal O Tempo. É especializada em Arte e Filosofia pelo curso de pós-graduação lato sensu da PUC Rio.

Comentários

  1. Interessante, no ICCyber 2010 a palavra que mais ouvi foi PARCERIA. Parceria entre governos, empresas, profissionais e sociedade para o combate efetivo dos crimes cibernéticos.

    Parece que em um ano não mudou muita coisa, ainda não temos um "sistema" coordenado para atingir todas essas frentes.

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  2. Ronaldo:

    A troca de informação abertamente entre os envolvidos (governos, empresas, profissionais e sociedade em geral) requer CONFIANÇA. Que é a palavra-chave e não se conquista com programas, projetos, produtos, mas sim com a atitude e a transparência necessárias.

    Muitas vezes a parceria ideal infelizmente tropeça em brigas políticas e burocracias desnecessárias.

    Mas sou um otimista e acredito que estamos - a curto passos - no caminho certo..

    Roberta:

    Um bom começo é se conscientizar dos riscos envolvidos no uso de recursos computacionais, questões relacionadas à privacidade, etc - para isto recomendo A cartilha do CERT.BR: http://cartilha.cert.br/

    Uma outra informação fundamental é saber os canais de comunicação dos órgãos responsáveis pelo combate ao "crime virtual":

    Polícia Federal: crime.internet@dpf.gov.br

    Polícia Civil:

    http://www.emersonwendt.com.br/2010/01/orgaos-especializados-em-combate-aos.html

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  3. Obrigada, Sandro, pelas boas dicas. Acredito, Ronaldo, que esse é um trabalho de longo prazo e fiquei feliz de ver, também no ICCyber, os cases de sucesso e os esforços de mobilização do governo, polícia e o interessa das empresas privadas. Ainda chegaremos lá ; )

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