Os negócios por trás do cibercrime

O repórter MICHAEL SENTONAS, da ABC.net australiana, mostra o que existe na banca de vendas das organizações do cibercrime.

A globalização oferece muitos benefícios aos consumidores e aos negócios. Infelizmente, também oferece grandes oportunidades ao crime organizado. Em vez de agirem sozinhos, muitos dos criminosos da internet se unem em organizações criminosas já existentes ou criam novos grupos para agirem coletivamente. Seja por razões econômicas, culturais ou técnicas, as motivações por detrás ao universo do crime virtual são variadas. Mundo afora, indivíduos e máfias praticam atos ilegais na internet, geralmente, na esperança de se tornarem ricos.

Recentemente na Australia, que está entre os 10 principais países mais afetados pelo cibercrime, informações pessoais de usuários australianos de cartão de crédito foram publicadas em um website do Vietnã. Pode parecer um caso isolado, mas na verdade é resultado dos esforços dessas organizações cibercriminosas.

Todos os dias, milhares de dados oriundos de cartões de crédito são vendidos pelos cibercriminosos. Três pacotes são usualmente oferecidos:

CC dump: informações disponível na faixa magnética do cartão. Compradas em grandes quantidades, uma única faixa custa cerca de US$ 0,10.

CC informação completa: essa oferta inclui todos os detalhes sobre um cartão bancário e seu usuário. A natureza exata do dado varia de vendedor a vendedor. Dependendo da qualidade e do país, os custos variam de US$ 2 a US$ 30.

COBs (Credit Card with Change of Billing): mais poderosos do que o CC com informação completa, essa oferta torna possível ter controle total sobre uma conta pirateada. As informações oferecidas permitem que os compradores mudem o endereço da vítima para ter maior segurança em suas transações fraudulentas. Os preços variam de US$ 80 a US$ 300 dependendo dos limites de gastos e do valor das transferências autorizadas.

Para conseguir essas informações, os cibercriminosos estão explorando vulnerabilidades de softwares e da própria psicologia humana para espalharem uma grande quantidade de malware e ameaças, incluindo spyware, phishing, botnets, adware, rootkits (um grupo de programas feitos para controlar o PC), spam e websites pouco seguros. Os cibercriminosos também estão tirando vantagens das redes sociais para identificar informações pessoais das suas vítimas.


Fonte: ABC.net.au

Comentários